A guerra do churrasco.
Fonte: Zelo
Os cortes de bois zebuínos, que dominaram o mercado nas últimas décadas, perdem espaço nas grelhas mais nobres do Brasil para a carne obtida com o cruzamento de gado europeu.
Há dez anos, essa conversa seria só para boi dormir.
Churrasco bom se confundia com picanha e todo mundo comia a mesma carne. Só existia um tipo de boi no Brasil, o zebuíno (asiático), aquele com corcova, e o consumidor ignorava raças europeias, como Angus, Simental e Hereford. Ninguém falava em cortes marmorizados, com gordura entremeada.
O mundo do churrasco era monótono como um pasto no cerrado. Agora descobriu-se o óbvio: mesmo maturada, a carne do zebuíno, embora saborosa, será quase sempre mais dura do que a dos animais europeus. E a solução para conseguir maciez é a mistura de raça.
Todas as raças de gado doméstico são derivadas das espécies asiáticas (Bos taurus indicus) e europeia (Bos taurus taurus), ou de misturas das duas, caso da Wagyu. Restrições de clima e alimentação favoreceram o domínio dos zebuínos no rebanho brasileiro, mas os cruzamentos têm derrubado barreiras de adaptação. Tudo para deixar o produto melhor.
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